Já
disponível em lojas dos EUA, "Grand Theft Auto IV" é o atual centro das
atenções não só entre entusiastas do videogame mas pela indústria de
entretenimento em geral. É esperado que o jogo não apenas bata recordes
de vendas como também "roube" o público de outras mídias, em especial a
do cinema, com a grande estréia de "Homem de Ferro", que abre a
temporada de blockbusters do verão norte-americano.
Com este
especial iremos recordar toda a trajetória da série e ver como a
franquia "GTA" se tornou uma das mais influentes da última década,
levando sua desenvolvedora, a Rockstar, a figurar entre a elite da
indústria, em meio a muitos episódios polêmicos, decisões ousadas e
apoio incontestável dos fãs.
O início em 2D - GTA e GTAIITudo
começou em meados da década de 90, quando os irmãos Sam e Dan Houser,
acompanhados do amigo Terry Donovan, saíram do Reino Unido para morar em
Nova York, na tentativa de vender um jogo de ação e corrida chamado
"Race and Chase". O jogo fora criado por sua empresa, chamada DMA
Design, com sede na Escócia e fundada pelo programador David Jones, que
na época preparava jogos para plataformas Nintendo. Fã de longas de ação
como "Warriors - Os Selvagens da Noite" e "Scarface", o trio
desenvolveu o jogo como um filme, em que era possível fazer o que bem
entendesse, como roubar carros e atropelar pedestres, ainda que com um
sistema gráfico bastante primitivo.
Visão aérea e liberdade de ações marcaram primeiro jogo da série
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O
jogo chamou a atenção da BMG Interactive, braço da famosa gravadora de
discos, em um momento em que várias empresas do ramo, além de estúdios
de Hollywood, tentavam penetrar no mundo dos videogames na marra. Foi
comprado e rebatizado de "Grand Theft Auto" em 1997, mas só chegou
efetivamente às prateleiras no ano seguinte, quando a gigante da música
vendeu o selo de jogos eletrônicos para a Take Two Interactive, uma
então pequena distribuidora de jogos para PC fundada por Ryan Brant,
voltada para títulos adultos como "Hell: A Cyberpunk Thriller", que não
eram exatamente campeões de venda. Assim a BMG se tornou a Rockstar
Games.
"GTA", como ficou conhecido, foi idealizado em grande
parte por David Jones, que também participou da série "Lemmings", e que
anos depois fundou sua própria empresa, a Real Time Worlds, responsável
por "Crackdown" para o Xbox 360. Como dito anteriormente, o jogo chamou a
atenção pela liberdade dada ao jogador, que podia cruzar as ruas da
cidade roubando carros (com diferenças na dirigibilidade) e atirando nos
inimigos, sem se importar com as conseqüências - a única limitação era
um índice representado por estrelinhas, que indicava o afinco com o qual
a polícia iria persegui-lo. Outras características que ali surgiram
como base para a franquia foi a exploração das cidades Liberty City, San
Andreas e Vice City, respectivamente inspiradas em Nova York, São
Francisco e Miami, e também as famosas estações de rádio, com direito a
uma faixa com a freqüência policial.
O primeiro "Grand Theft
Auto" recebeu versões para PC e Playstation, além de uma reduzida para o
Gameboy Color. Duas expansões também foram lançadas para PC, "London
1969" e "London 1961", inspiradas em filmes de ação ingleses daquela
década, como "Carter - O Vingador" e "Um Golpe à Italiana" e foram as
únicas ocasiões em que a franquia utilizou cidades reais como cenário -
uma versão de "1969" foi também lançada para Playstation, como um jogo
independente, sem a necessidade do "GTA" original.
Em
1999, a DMA (que mais tarde foi renomeada de Rockstar North)
desenvolveu "Grand Theft Auto 2", que seguia o mesmo esquema do
anterior, com uma câmera aérea e gráficos simples, ainda que com mais
efeitos visuais e a possibilidade de jogar de dia ou à noite. O nome da
cidade não foi especificado, nem o período em que o jogo se passa, mas
diálogos sugerem que acontece em um futuro próximo, onde o protagonista
Claude Speed precisa recuperar sua memória e tomar a cidade à força,
acumulando pontos entre as missões para passar de fase e lidando com
diferentes facções criminosas. Aqui também surgem outras características
importantes da série, como a compra de esconderijos e a maior interação
com os pedestres, que entram nos carros ou participam de lutas.
Versões
de "GTA 2" também foram lançadas para Playstation, Dreamcast e Gameboy
Color, todas com diferenças em relação ao original para computadores,
não só para se adaptar ao hardware mas também para diminuir a violência.
Mas isto não impediu que o jogo vendesse tanto quanto o original - cada
um ultrapassou a marca de 2 milhões de cópias vendidas.
A partir
de "GTA III" a franquia migrou para o universo 3D, mas os gráficos 2D
voltaram à tona quando a série foi parar no Gameboy Advance, em 2004. O
jogo, batizado simplesmente de "Grand Theft Auto", tinha o mesmo ponto
de vista do original, mas com elementos gráficos, armas, veículos e
missões inspiradas nas versões 3D para consoles de mesa e foi o único
criado fora da Rockstar, pela Digital Eclipse, empresa especializada em
plataformas portáteis e emuladores.
A própria Rockstar, a partir de 2004, disponibilizou alguns de seus jogos clássicos gratuitamente para download em seu
site.
Ação em 3D - GTAIII
'GTAIII' aliou narrativa cinematográfica com visual em 3D, dando início a uma fórmula de sucesso
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VEJA IMAGENS |
Com
o sucesso dos dois primeiros "GTA" e suas conversões, a Rockstar seguiu
em frente para o maravilhoso mundo tridimensional utilizando o
Playstation 2 como sua plataforma preferida, com jogos também de moral
duvidosa, como encarnar um contrabandista em "Smuggler's Run" ou um
piloto de rachas em "Midnight Club: Street Racing", que venderam bem e
receberam, em média, boas notas da imprensa especializada.
Mas o
grande estrondo veio mesmo quando "Grand Theft Auto III" chegou às
prateleiras dos EUA, no dia 22 de outubro de 2001. Jogos 3D já não eram
novidade, como "Super Mario 64", ou mesmo os chamados "sandbox games",
aqueles que dão liberdade ao jogador de fazer o que bem quiser, como
crianças em um parquinho de areia, assim como na série "Tony Hawk's Pro
Skater". Mas foi a fórmula de "GTA" que fez a diferença.
Desta
vez havia uma cidade completa a ser explorada, no caso Liberty City, com
muitas missões paralelas, armas a serem encontradas, bônus espalhados
pelos cantos e uma história de cinema, como os Houser sempre sonharam -
com direito a dublagem de atores de Hollywood como Joe Pantoliano, de
"Matrix", Michael Madsen, de "Kill Bill", Debi Mazar, de "Batman &
Robin", Robert Loggia, de "Independence Day" e Kyle MacLachlan, de "Twin
Peaks".
Um herói anônimo, que muitos cogitam ser Claude, contava
com a ajuda de outro ex-detento, o carismático 8-Ball, para conquistar o
submundo da cidade, depois de ser traído por sua namorada e um cúmplice
em um assalto, em uma trama inspirada em filmes como "À Queima-Roupa" e
"O Troco". Tudo envolvia também a manipulação de gangues e outras
organizações criminosas, incluindo um triângulo amoroso figurado pelo
chefão da máfia local e sua esposa.
Narrativa cinematográfica e visual em 3D |
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E
a tensão e violência não estavam somente na história, mas era bem
explícita na mecânica do jogo, que não poupava sangue de bandidos,
policiais e inocentes. Provavelmente o aspecto mais polêmico foi a
possibilidade de roubar um carro, dar carona a alguma prostituta,
levá-la até algum beco escuro e esperar até que o carro comece a
balançar de maneira suspeita. Um ato que recuperava a energia do
personagem por uma módica quantia, que podia ser resgatada ao perseguir a
mulher pela rua e espancá-la até a morte - o que iniciou também uma
série de movimentos de políticos, jornalistas e advogados que acusaram
videogames de funcionarem como simuladores de crimes, entre muitas
outras.
No entanto, mesmo gerando controvérsias, ou talvez pela
ajuda dela, "Grand Theft Auto III" vendeu mais de 14 milhões de cópias,
contando também com versões para PC e para Xbox que saíram depois.
Liberty City voltou a ser cenário de uma nova aventura em 2005,
originalmente para PSP e depois para Playstation 2, chamada "Liberty
City Stories", passada três anos antes de "GTAIII" mas com um novo
protagonista.
Tons Pastéis - GTA: Vice CityLogo em
2002 a Rockstar colocou nas prateleiras uma nova aventura sob o nome de
"Grand Theft Auto: Vice City". Como utilizou o mesmo motor gráfico de
"GTAIII", não foi considerado pela empresa uma verdadeira continuação,
mas um capítulo alternativo, passado na década de 80 e inspirado
fortemente no filme "Scarface" - algumas músicas, aliás, são as mesmas -
e no seriado "Miami Vice", grande sucesso daquela época, com toda sua
violência e policiais vestidos com ternos estilosos em tons pastéis.
A
nova cidade era bem maior e tinha muitos recursos. Desta vez o
personagem tinha nome e era bem mais carismático, Tommy Vercetti, que
tinha, no fim das contas, o mesmo objetivo de conquistar o submundo do
crime da cidade. Tudo era mais complexo, com a possibilidade de pilotar
motos, helicópteros e lanchas, além de contar com novas armas e missões
paralelas. O trabalho de dublagem continuou estelar, com um elenco que
incluiu Ray Liotta, de "Os Bons Companheiros", Tom Sizemore, de "O
Resgate do Soldado Ryan", Robert Davi, de "Duro de Matar", William
Fichtner, da série "Prison Break", Dennis Hopper, de "Velocidade
Máxima", Burt Reynolds, de "Boogie Nights", Luis Guzmán, de "Traffic",
Gary Busey, de "Máquina Mortífera", Danny Trejo, de "Con Air", Fairuza
Balk, de "007 Contra Goldeneye" e até mesmo a atriz pornô Jenna Jameson e
a vocalista da banda Blondie, Debbie Harry.
Até hoje, "GTA: Vice
City" vendeu mais de 17 milhões de cópias, e recebeu conversões para PC
e para o Xbox original. Assim como aconteceu com o jogo anterior, a
cidade de Vice City voltou a ser o foco das atenções em "Vice City
Stories", lançado em 2006 primeiramente para PSP e em 2007 para
Playstation 2 - que também contou uma história passada antes da trama
principal.
Estado sitiado - GTA: San Andreas
'GTA San Andreas' ganhou fama pela polêmica do minigame de sexo escondido no código do jogo
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VEJA IMAGENS |
Em
2004, a Rockstar lançou seu projeto mais ambicioso até então, um outro
capítulo paralelo batizado de "Grand Theft Auto: San Andreas", desta vez
se passando durante o início da década de 90 em uma região inspirada
nas cidades de Los Angeles, São Francisco e Las Vegas. Com influências
de filmes como "Boyz'n the Hood - Os Donos da Rua", "New Jack City - A
Gangue Brutal" e "Fresh", o jogo apresentou muitos elementos novos, com
atenção especial para o desenvolvimento do personagem principal, o jovem
afro-americano CJ Johnson.
Cortes de cabelo, exercícios para
manter a forma a possibilidade de ter várias namoradas deram uma
profundidade ainda maior à experiência, que contou com cenários mais
amplos e a até então inédita habilidade de nado do protagonista e a
possibilidade de pilotar aviões.
A dublagem continuou com o alto
padrão de qualidade, contando com vozes de nomes como Samuel L.
Jackson, de "Shaft", James Woods, da série "Shark", Peter Fonda, de
"Motoqueiro Fantasma", os rappers Ice T, Chuck D e The Game, o
comediante Andy Dick e os músicos George Clinton, Shaun Ryder e Axl
Rose.
Além das polêmicas habituais em torno da violência e maus
exemplos da franquia, "San Andreas" também se tornou o pivô de um grande
escândalo envolvendo uma pequena modificação batizada de "Hot Cofee". O
programador holandês Patrick Wildenborg encontrou na versão para PC,
escondido no código no jogo, um minigame sexual envolvendo CJ e suas
namoradas. Foi algo que provavelmente chegou a ser considerado pela
Rockstar, mas abandonado logo nos primeiros estágios de desenvolvimento,
uma vez que apresentava uma série de defeitos e gráficos primitivos. De
qualquer forma, Wildenborg disponibilizou uma modificação para download
que desbloqueava, o que gerou grande repercussão.
A
princípio muitos pensavam que se tratava de uma modificação realizada
por terceiros, mas ficou comprovado que a idéia foi originada da própria
Rockstar quando apareceram na internet os códigos do acessório de
trapaças Action Replay que habilitavam o mesmo minigame para as versões
de console. Foi o que os inimigos da empresa precisavam para ganhar os
holofotes, especialmente a senadora Hillary Clinton, que sugeriu
regulamentações para a venda de jogos de videogame, e uma investigação
na Federal Trade Comission, que tentou determinar se a Rockstar agiu de
má fé e tentou esconder o conteúdo impróprio dos órgãos classificadores,
no caso a Entertainment Software Rating Board (ESRB).
Sob a
ameaça de ter o jogo proibido e reclassificado, a empresa recolheu as
cópias no mercado e relançou o jogo sem o código que envolvia o
minigame. Talvez por toda esta exposição, ou simplesmente pelo grande
trabalho em recriar, literalmente, um estado inteiro, o jogo é tido como
o jogo mais vendido da história dos EUA, de acordo com dados da própria
Take Two, com mais de 21 milhões de cópias, com versões também para
Xbox e PC.
Na geração atual: GTA IV
Com
uma trajetória tão barulhenta e lucrativa, é possível dizer que "Grand
Theft Auto IV" é o jogo mais esperado do ano. Mais detalhes você
conhecerá nos próximos dias, com nossa análise, mas é possível adiantar
que o jogo, o primeiro na atual geração de consoles, recebe finalmente
um novo número no título por contar com um novo motor gráfico, o RAGE,
que deve aproveitar o grande poder de fogo dos videogames de hoje para
criar uma experiência de maior imersão.
O protagonista agora é
Niko Bellic, natural do leste europeu, que foi para Liberty City em
busca de uma vida melhor e se envolveu com o pior do lugar, graças às
conexões de seu primo Roman. Dividida em quatro áreas principais,
inspiradas no Brooklyn, Queens, Bronx e Manhattan, a cidade agora é
muito mais viva e interativa, com toda a liberdade e possibilidades que a
franquia tradicionalmente oferece.
Caíram os elementos de RPG de
"San Andreas" e Niko funciona como um personagem completo, já pronto
para ação, sem a necessidade de evoluir, mas isto não quer dizer que é
fácil dominar os controles. Agora os veículos têm física mais avançada,
assim como as armas e o sistema de cobertura. O sistema de combate
também foi modificado e parece muito mais complexo, com uma abordagem
que lembra bastante sucessos recentes como "Gears of War" e "Uncharted:
Drake's Fortune", que favorece a precisão. A interação com os
personagens também é fundamental na nova aventura, uma vez que eles são
capazes de fornecer grande auxílio em sua escalada rumo ao topo da
cadeia alimentar na selva de pedra criada pela Rockstar.
Mais areia no parquinho: os clones de GTA"Grand
Theft Auto III" não foi o primeiro jogo 3D e nem mesmo o primeiro
"sandbox game", mas seu estrondoso sucesso acabou por criar um padrão,
um subgênero que gerou uma série de jogos com premissa similar, alguns
bastante inteligentes, outros simplesmente exploratórios. Como muitos
fizeram bastante sucesso, criamos uma lista com alguns jogos do mesmo
estilo que também criaram repercussão:
Scarface - The World is Yours (PC/PS2/Xbox/Wii)"Scarface",
o filme, foi a grande inspiração para "GTA: Vice City" e não é que ele
acabou virando um jogo também? Em 2006, a Radical Entertainment
finalizou esta espécie de continuação do filme, mostrando como o
protagonista conseguiu sobreviver ao desfecho do longa e tenta se vingar
de seus inimigos. Conta com recriações bastante fiéis de bairros de
Miami e tudo o que se espera de um jogo do gênero, com muita violência e
roubo de carros, além de um medidor de raiva de gosto duvidoso. Al
Pacino não quis nem saber de participar.
The Godfather: The Game (PC/Xbox/PS2/PS3/PSP/Xbox360/Wii) O
clássico filme de Francis Ford Coppola também virou videogame, também
em 2006, pela Electronic Arts. Contando com algumas vozes do elenco
original e assessoria do escritor Mark Winegarden, o jogo amplia a
história do filme e adiciona ao gênero um sistema de extorsão de
comerciantes e domínio de territórios.
Driver (PC/PS/Mac)"Driver",
na verdade, saiu antes de "Grand Theft Auto III" e funcionava
basicamente como um jogo de corrida, em que Tanner, um policial
disfarçado, tinha que se infiltrar em organizações criminosas utilizando
suas habilidades atrás dos volantes. Depois do sucesso de "GTAIII", a
desenvolvedora Reflections investiu ainda mais na exploração à pé (que
não deu certo) e no aspecto aberto das missões em "Driv3r" e "Driver:
Parallel Lines".
The Getaway (PS2)Uma versão de
"London 1969" em 3D? Quase, uma vez que também buscou inspiração nos
filmes ingleses de ação da década de 60 e em filmes mais recentes como
"Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes". Trouxe uma recriação realista
de Londres e uma história intricada, com dois protagonistas, algo
impressionante para 2002, ainda que tenha sofrido por problemas de
controle e mecânica. Conseguiu gerar também uma continuação, "The
Getaway: Black Monday", de 2004.
True Crime: Streets of LA (PC/Mac/Xbox/PS2/GC)Em
2003 a Activision também tentou lucrar com o filão lançando o policial
"True Crime: Streets of LA", que recriava muitas ruas de Los Angeles
para mostrar a aventura do tira Nick Kang, especialista em artes
marciais. Contou com um sistema de moral, que determinava se suas ações
eram boas ou ruins, e treinamentos para aperfeiçoar seu personagem, e
também com uma série de bugs. Fez sucesso o suficiente para gerar a
continuação "True Crime: New York City", que contou com um novo
protagonista.
Mercenaries: Playground of Destruction (PS2/Xbox)O
cenário urbano perdeu espaço para uma zona militar, com um grupo de
mercenários envolvido no conflito entre uma versão ficcional das Nações
Unidas, a China, a Coréia do Norte e mafiosos russos. Muitas armas e
veículos à disposição transformaram o jogo em um grande sucesso e uma
continuação está programada para ser lançada este ano, também pela
Pandemic, que desenvolveu o original de 2005.
Mafia (PC/PS2/Xbox)Um
dos jogos mais cultuados do gênero, "Mafia" impressionou quando foi
lançado, originalmente em 2002 para PC, principalmente por sua
ambientação, nos anos 30, e sua envolvente história, que acompanha
praticamente a vida inteira do protagonista, com direito a um epílogo
que ocorre várias décadas depois. Uma continuação foi anunciada
recentemente, para a alegria dos fãs.
Crackdown (Xbox 360)David
Jones, um dos idealizadores do primeiro "GTA", criou este clone
futurista em sua nova empresa, a Realtime Worlds. Exclusivo para o Xbox
360, o jogo conta com personagens super-poderosos e com grande poder de
fogo, em lutas constantes contra gangues que dominam uma cidade
fictícia, em um ambiente que lembra desenho animado.
Saints Row (Xbox 360)Talvez
o jogo que menos tenha vergonha de ser chamado de um clone de "GTA",
uma vez que imita o mesmo lugar comum, com poucas inovações narrativas.
Mas foi um marco por ter sido lançado no início da geração atual e
contar com opções de customização e gráficos em alta definição.
50 Cent: Bulletproof (PS2/Xbox/PSP)Nem
todos os jogos podem ser bons, e nem mesmo um jogo precisa ser bom para
fazer sucesso. Este terrível jogo foi lançado em 2005, no auge da
popularidade do rapper 50 Cent, que tentou até mesmo vendê-lo como um
produto educacional, que mostrava às crianças como era viver em uma
gangue. Um dos piores de um ano repleto de grandes lançamentos, vendeu o
suficiente para garantir uma continuação, "50 Cent: Blood on the Sand",
que está programado para sair este ano.